A revanche dos Lambda Lambda Lambda
Vale o estereótipo de nerd clássico para este post. O perfil é fácil de identificar em qualquer colégio, escola ou faculdade e quase não mudou ao longo dos anos: solitário – a melhor das companhias é o livro ou o computador – adora física e matemática, emerge de teorias, cálculos e fórmulas complicadíssimas, e quase sempre óculos de grau, e um jeitão todo típico de vestir.
Mas atenção, longe de mim querer ofendê-los, mesmo porque de burro não tenho nada. O mundo é deles e se alguém ainda não se tocou disso, é bom tentar roubar um daqueles óculos – de preferência os de lentes mais grossas – e ajustar o senso crítico.
Se antes os nerds tinham de esperar anos para justificar todas as zombarias que recebiam no colégio, quando enfim se formavam e se tornavam líderes por sua inteligência indescutivelmente mais bem trabalhada, hoje a história é um pouco diferente: com a ascensão das novas tecnologias, qualquer hora é o momento exato para uma programação de computador virar um negócio de bilhões de dólares.
Foi assim com o Windows, Apple, Google e tudo mais que você lembre que envolva tecnologia, informática, web e, trazendo para o escopo do OBM, nossas queridas e já vitais mídias sociais. E não adianta a Apple acusar a Microsoft de ser nerd. O mundo é.
Hoje em dia acabou a velha história de humilhação dos nerds nas escolas e colégios. Um exemplo: o bonzão da turma, bonitão e bom de bola, chega com uma das piadinhas antigas. Prazo de validade vencido. Um sorriso sarcástico no outro rosto, porque a realidade é simples: por probabilidade, a chance de se dar bem na vida, e no minuto seguinte, é muito maior para o nerd – que pode virar um bom programador -, do que para o fodão, que dificilmente conseguirá ser um jogador de futebol profissional, por exemplo. E no fim das contas, não precisa ser nenhum gênio para saber quem ficará com o milhão e – consequentemente – com as mulheres, poder, …
É a revanche dos nerds. Mais, é o ORGULHO em ser nerd! O vencedor do prêmio de melhor blog do Video Music Brasil (VMB) desse ano foi o blog Jovem Nerd.
E onde entram os outros? Tentando comer pela beirada! Não tem talento para inventar um Twitter, Blog, Orkut, Facebook? Utilize então de toda influência que você fodão tem, e ganhe dinheiro com isso. Na reportagem da coluna Conecte que o Jornal da Globo exibiu ontem, por exemplo, Tessália Serighelli, a @twittess, é descrita como “formadora de opinião”. Aos 22 anos, a garota
“diz ser uma caçadora de tendências. Ficou famosa postando novidades no Twitter. Hoje, cobra R$ 500 por mensagem comercial e dá consultoria para quem quer promover produtos pela internet.”
Conecte, Jornal da Globo, 22/10
Está aí a diferença entre um nerd e uma pessoa “comum”. Nerds são calados, reservados e, por isso, quase nunca falam mais do que devem. Gostaria de saber se os seguidores da formadora de opinião – e personagem da reportagem – gostaram de saber que o que andam lendo por lá é material vendido.
“Alguns blogueiros recebem para escrever mensagens positivas sobre determinado produto, uma propaganda disfarçada. Nos Estados Unidos, a Comissão de Comércio proibiu a prática. A partir de 1º de dezembro, quem fizer isso será multado em US$ 11 mil, quase R$ 20 mil.”
Conecte, Jornal da Globo, 22/10
Cada um tem um preço e se vende como pode. Twittess vale R$ 500 por mensagem. Qual é mesmo o preço do Bill Gates?
Vivemos numa era de que o bizzarro e inusitado é o que “vende”
Os nerds são produtos com boa exploração na nossa era, pq nao só consomem o bizzarro e inusitado como também fazem parte dele.
E de fato, como você disse, o estereotipo ta ai pra classificar as pessoas.
E quem abraca uma causa, quer mais é estampar na cara o esterotipo dela!
😉