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Gente diferenciada usa Facebook

12/05/2011

Assunto do almoço aqui da turma do trabalho, do telejornal que assisti ontem a noite e hoje de manhã, dos jornais impressos que andei folheando e, claro, do que mais nos interessa aqui: de inúmeros blogs, sites e posts de amigos nas redes sociais.

Não dava para ser diferente. A informação divulgada ontem pela Folha de São Paulo informando que o governo paulista vai mudar a estação do metrô que seria construída até 2017 (!!!) na Avenida Angélica para a Praça Charles Muller, no Pacaembu, devido ao pedido da Associação de Moradores do bairro, gerou uma acalorada discussão e muita polêmica. O “assunto está entre mais comentados no Twitter e mobiliza Facebook“, e virou “piada na Internet” (Estadão, Exame, )

O bom humor parece mesmo ser a maior arma dos tempos modernos. “Melhor rir do que chorar” é um ditado popular tão antigo, mas que nunca antes na história do mundo pôde ser tão aplicado! Todo mundo tem a sua tirada esperta e inteligente sobre o assunto. Algumas delas no Twitter:

“É tão fácil resolver problema, gente: faz uma entrada social e uma de serviço”
@lutieppo

“Entendo os velhos de Higienópolis temerem o metrô. A última vez q chegaram perto de um vagão foram parar em Auschwitz”
@DaniloGentili

 “Tudo faz sentido. É proibido metrô na Angélica porque ela vai de táxi.”
@Proliferado

Nos Trending Topics do Twitter desde ontem, as Hashtags (#) ‘Higienópolis‘ e ‘gente diferenciada’ estão entre os hits da web, sendo que a última é uma provocação bem humorada a declaração de um morador da região dada a reportagem da Folha de São Paulo em agosto do ano passado:

“Eu não uso metrô e não usaria. Isso vai acabar com a tradição do bairro. Você já viu o tipo de gente que fica ao redor das estações do metrô? Drogados, mendigos, uma gente diferenciada…”
Folha de São Paulo, 13/08/2010

Fato é que, na Internet, a relação com o tempo é outra e uma decisão polêmica, com uma declaração infeliz de dias, meses ou anos atrás, são linkadas instantânea e automaticamente, se tornando a fagulha que faltava para encher de posts os murais de nossas redes sociais.

A mais criativa e que ganhou repercussão de todos os outros veículos é o “Churrascão de gente diferenciada“, evento criado pelo jornalista Danilo Saraiva  no Facebook , que pretende “mostrar que os ricos não chegam aos pobres, mas os pobres sim, facilmente chegam aos ricos“. Anotem aí: próximo sábado (14), às 14h, em frente ao Shopping Higienópolis. IMPERDÍVEL!

O escritor de novelas, blogueiro, e também morador do bairro, Walcyr Carrasco acha “que ainda vem coisa pela frente“. Também acho. Tanto é que, “O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, garantiu na manhã desta quinta-feira (12) que haverá uma estação de metrô em Higienópolis. O prefeito Gilberto Kassab e o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda também tentaram se explicar. O promotor do Ministério Público quis saber se essa foi “uma decisão técnica e quais critérios foram adotados para o procedimento“.  Veja aqui e aqui.

No vídeo publicado pelo SWU, a opinião de alguns moradores pode ser o prato cheio para transformar o churrasco em uma verdadeira farra do boi.  Treifá ou não, essa a vizinhança vai ter que engolir. Por essa os tais moradores que preencheram o abaixo assinado não esperavam: a gente diferenciada usa a Internet e resolveu se mobilizar.  Que tal culpar então a inclusão digital? Tsc tsc tsc… contra isso, sinto-lhes informar,  não há definitivamente o que fazer.

GIM PARA ELEFANTES

10/05/2011

Quase nada de água, mas muito de GIM. Não estou aqui para assinar mais uma sinopse, mais uma crítica desvairada, agressiva ou sarcástica. Opa! Sarcástica bem provável.

Rosie como mais um arquétipo da arte adorava uma boa dose de gim, whisky ou qualquer coisa que a levasse ao céu. Educadamente desfrutava de bebidas e, logo depois, retornava ao seu lugar. Presa ou não. Ela retornava.

Para todos, o circo parecia o centro da trama. Para mim, Rosie foi o grande astro. Não que seu tamanho e truculência gentis a fizessem obviamente uma estrela às avessas. E na natureza foi permitido ressaltar a fidelidade à tarefa, ao carinho, ao amor verdadeiro.

E quanta truculência logo na primeira esquina.

Imagino se houvesse distribuição de GIM ou Whisky gratuitamente. Será o álcool o elixir das bondades de Rosie? Fato é nossa incapacidade de inclinarmos nosso corpo para frente, reverenciando quem quer que seja.

Sobre patas pesadas e um corpo desajeitado de pele grossa e já desbotada ousou a natureza garantir o exemplar de fidelidade. Proponho-me a testar novos pontos de vista. Proponho-me ao GIM sem tanto GYM. Afinal, a pior bomba a se tomar é o próprio veneno das verdades.

E se as verdades são venenos, estaríamos entrando numa bolha? Se sim ou se não, a verdade é que a revolução da internet chega nada de mansinho, meio Rosie. E o que dizem: “Desce o GYM na BIG APPLE”. São bilhões de dados que se transformam em bilhões de dólares em ações no mercado financeiro que por fim criam “A BOLHA” – o próximo longa tipo FACEBOOK.

Aliás, essa história de BIG APPLE deu o que falar no caso da maçazinha mordida mais cobiçada do planeta. Nem Adão e Eva ficaram tão famosos com a mordida da maçã. Jovens brasileiros tentam mostrar o outro da bolha: a da exclusão digital.

Sim, na terra do tucano BLUE do longa animado RIO a maça é cobiçada com certo humor. Até porque depois de tanta macacada, brasileiro aprende que a bolha nunca chega aqui: só os ventos da sua explosão. E disso, penso: Seremos nós elefantes?

Quem descobrir primeiro estabeleça a lei do GIM PARA TODOS. Quem sabe assim teremos mais amor, mais fidelidade, menos truculência, menos individualismo e mais doses de risadas, música e…hum…vocês sabem. Viva a bolha…antes que ela faça….BUMMMMMMM

A gente já volta…

06/05/2011

Faz um tempão que estivemos por aqui – Eu, a Paula (responsável por apagar a luz), o Ricardo e o Thiago!  Abandonamos, literalmente, com a desculpa esfarrapada que tínhamos mais o que fazer!

Não que fosse mentira: a Paula virou colunista de jornal, escreveu um livro e tem se dedicado ao chá entre amigas, e a família, é claro! O Ricardo está em forte ritmo de expansão com as suas lojas (Casas Interiores Bahia). O Thiago continua desenhando, mas RECEBE por isso! E eu assumi a Revista Digital aqui da empresa e, acreditem,  isso toma um tempo danado!

Justificativas dadas e meu pedido de desculpas:  DESCULPA! As ideias começaram a voltar e eu, finalmente, estou conseguindo administrar  o meu tempo.  Acho está na hora de recomeçar! Estava com saudade disso tudo aqui.

Ultrajada, enojada, indignada, irritada!

11/11/2009

geisy

“Uniban, a instituição responsabiliza a aluna pelo episódio ocorrido no último dia 22, quando estudantes formaram uma multidão que a ameaçou de linchamento por causa da roupa que ela usava. ‘Foi constatada atitude provocativa da aluna, que buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar’, diz a nota da Uniban. A instituição considerou ainda que a atitude dos outros alunos foi uma ‘reação coletiva de defesa do ambiente escolar”’.

Expulsão de Geisy transforma Uniban em alvo na internet, Estadão Online

E hoje, no jornal O Globo Online:

O vice-reitor da Universidade Bandeirante (Uniban), Ellis Brown, disse nesta terça-feira que a universidade decidiu ter uma postura educativa em vez de disciplinar em relação ao caso da aluna Geisy Villa Nova Arruda (…) Brown afirmou que, além de não expulsar Geisy, a Uniban decidiu que também não vai punir os dez alunos que teriam incitado a manifestação contra a jovem.

Desde o início do episódio ocorrido no dia 22/10 onde os alunos da Uniban agrediram verbalmente e ameaçaram a estudante Geisy, a faculdade vem cometendo uma série espetacular de irresponsabilidades. A última, para mim, foi com a readmissão da aluna Geisy e a postura notadamente facista adotada pela instituição.

A escolha da universidade em corroborar a manifestação dos seus 10 alunos diletos é absurda, insana, ilegal e imoral! A instituição está agindo como se usar um vestido curto, e vermelho, fosse mais grave do que agredir moralmente e ameaçar um ser humano. Como se um estupro pudesse ser atribuído à sua vítima em razão de seu comportamento libertino. Prostitutas podem ser estupradas! E os culpados devem ser responsabilizados por isso.

A universidade não está lá para administrar vestimentas, ou escolher quais princípios morais vai privilegiar, não tem esse direito e não deveria ter essa pretensão. Está para apresentar o conhecimento à adultos. A roupa que cada um usa é problema exclusivamente dele.

Não sou avessa a regras, precisamos delas para conter os arroubos individuais. Mas as regras devem pré-existir aos arroubos, não podem ser criadas para justificá-los. Caso a roupa estivesse mesmo muito curta, o que eu nem acho, e houvesse uma regra anterior proibindo esse tipo de conduta, cabia a direção da universidade comunicar, delicadamente, a aluna sobre a forma como se posiciona.

A elucubração de uma instituição privada não pode, NUNCA, ser superior aos princípios de uma sociedade. Em nossa ordem jurídica a ofensa e ameaça são crimes, usar roupas curtas NÃO. É irrelevante o que pensa o diretor/reitor/aluno-querido/insano-homem-que-dirige-esse-manicômio. Usar um vestido curto é menos grave que ameaçar a incolumidade física de uma pessoa, bem como a ofensa à moral.

A universidade é um espaço aberto. A própria palavra nos remete à infinidade de conhecimentos que poderíamos/deveríamos discutir ali. A imposição de uma conduta desarrazoada limita o pensamento e o questionamento.

Fico pensando, sinceramente, sobre a indecência que passou pela cabeça dos 10 primeiros alunos a julgarem o tamanho do vestido vermelho de Geisy. A imoralidade está certamente dentro da cabeça dos que levantaram o indicador. Esqueceram-se esses que os outros quatro dedos estão apontados para si próprios, pois tamanho moralismo só pode estar sendo usado para esconder as próprias idiossincrasias; incluo aí a postura da instituição.

Por isso concorco com os “blogs, twitters e comentários [que] condenam atitude como erro de marketing e demonstração de machismo.” E é assim que me sinto, como mulher, estudante, advogada, cidadã: ultrajada, enojada, indignada, irritada!

Fakes OBM

10/11/2009
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Andei pensando no monte de gente que tem fakes por aí. Quem são eles? Os famosos, o emo q se passa por sarado, o casado que é um traveco, o fortão que dentro de quatro paredes, ou em uma sala de chat ou rede social,  solta fetiches inimagináveis ao estereótipo que sustentam, etc. Quem eles pensam que são?

Duas notícias:

Barrichello vence ação contra o Orkut e vai receber indenização
O piloto de F-1 Rubens Barrichello conseguiu uma vitória na Justiça em ação contra o Google por contas de perfil falsos e comunidades ofensivas no site de relacionamentos Orkut. (Folha Online, 09/11/2009)

HQ “Mônica Jovem” aborda “fakes” e redes sociais
A revista em quadrinhos no estilo mangá de Mauricio de Sousa “Turma da Mônica Jovem”, líder de vendas nas bancas, abordou o fenômeno dos “fakes” na internet, indivíduos que fingem ser outros, especialmente em redes sociais. (Folha Online, 06/11/2009)

Novo Orkut?

10/11/2009

Contribuição especial,  Lourival Lima

Orkut_lourival

Ao longo de cinco anos, o Orkut despertou amor e ódio. Perfis falsos, perfis clonados e comunidades ofensivas fizeram (e ainda fazem) parte dessa história. A facilidade que a informática e a internet oferecem pode se tornar uma faca de dois gumes. O Orkut já teve problemas com o Ministério Público no Brasil, por dificultar a identificação de pessoas que cometiam crimes, como pedófilos e traficantes. A liberdade sem controle da internet demonstrava ser boa e ruim ao mesmo tempo.

Internacionalmente, o Orkut tem outros problemas. Nunca conseguiu decolar nos EUA e Europa, principalmente pelo rápido avanço de brasileiros e comunidades em Português, causando desinteresse ente os internautas de outros países. Outras redes sociais como o MySpace e o Facebook encontraram seu lugar ao sol, tanto que o Facebook atualmente é a maior rede social do mundo.

Atualmente, o Facebook tem crescido muito no Brasil. Nos últimos três meses, ele teve um crescimento de espantoso no Brasil. Em contrapartida, o Orkut possui mais de 24 milhões de perfis ativos no Brasil, contra pouco mais de 2 milhões do Facebook.

Alertados por esse crescimento repentino do Facebook, a equipe do Google responsável pelo Orkut resolveu criar uma nova interface, modernizar e facilitar a navegação da sua rede social. Assim surgiu o “novo Orkut”, como está sendo divulgado pela internet. Para acessar o mesmo, é necessário receber um convite, ou do Google ou através de algum amigo. Este tipo de transição somente aumentou a curiosidade dos usuários e despertou um novo interesse nos brasileiros.

Recebi o convite para o novo Orkut e ansioso fui conhecer as novidades. O que vinha na minha mente era algo semelhante ao Facebook: intuitivo, bonito e fácil de utilizar. Algo “moderno”, visto que o antigo layout já me parecia um tanto antiquado comparado às outras redes sociais.

Sendo bem direto e respondendo à pergunta: o Orkut melhorou? SIM. Mas tornou-se uma cópia do Facebook em termos de funcionalidade. Uma cópia piorada. O visual “quadradão” ainda incomoda um pouco. As tão faladas opções de personalização se resumem a possibilidade de mudar a cor do perfil. Em termos de “beleza”, ele deixa muito a desejar em relação ao rival.

Um dos motivos para o crescimento do Facebook no Brasil é a capacidade de interatividade entre seu grupo de amigos, seja através do mural, onde você pode escrever o quê está fazendo ou pensando (como no Twitter), seja através de aplicações e jogos. Neste quesito, o Orkut perde feio. Os aplicativos e jogos possuem pouca ou nenhuma capacidade de interação. O mural é feio e mal diagramado e não é atualizado automaticamente como no Facebook. Além disso, o mesmo não permite que se postem vídeos diretamente, somente os links dos mesmos.

Algumas coisas melhoraram muito, como o gerenciamento de fotos:  é possível incluir e excluir álbuns inteiros com poucos cliques. Em termos de comunidades,  ainda é a ferramenta ideal. A organização de enquetes e fóruns de discussão dentro das comunidades sempre foi mais simples  do que as dos concorrentes: são fáceis de se configurar e permitem uma interação maior. Na nova versão, elas não mudaram.

O que não consigo compreender é como o Google, que é um dos gigantes da Internet (talvez até O gigante), com todo seu know-how e sua capacidade de inovar pode entregar um trabalho final que só posso descrever com uma palavra: feio. O Orkut melhorou a navegação? Sim. Mas ele ainda é um patinho feio. Um patinho feio mal-acabado. Será que é isso que nós, brasileiros, que somos a maior audiência na rede social, merecemos? O esmero do Facebook na sua interface gráfica torna a experiência de navegar por ele extremamente agradável. Era nisso que o Orkut precisava inovar. E a inovação foi muito pouca comparando-se a outras redes sociais.

Será que os usuários vão gostar do novo Orkut? Depende. Se o usuário não tiver uma conta no Facebook, provavelmente sim.

Prezado Jabor, olhe pelo lado bom!

04/11/2009

jabour

Minha primeira aventura pública na internet foi na agência de noticias do IG, Último Segundo, na seção de cultura. Eu escrevia crônicas a convite do colunista Michel Fernandes, do site Aplauso Brasil. Vale o friso de que eu já escrevia,  mas não crônicas e não para a internet.

Agora veio o OBM e, a convite do meu amigo Douglas Freitas, comecei a escrever sobre política. E quando o fato envolve nosso querido presidente Lula então? Acho irresistível. Mas vale aqui um outro friso: continuo escrevendo, mas não só sobre política, não só sobre Lula. Basta ser polêmico para entrar em pauta.

Meu caso está longe de ser isolado. Todos os dias milhares se aventuram na rede. Sem filtro, sem receio e sem medo de todo o ônus e todo o bônus que isso implica. Tem gente de todo o tipo, de Oscar Maroni a Arnaldo Jabor.

Maroni segue faceiro agradecendo e mandando abraços para todos os leitores do seu blog. Bem ao seu estilo, ele comentou aqui no OBM que:

todas as críticas são bem vindas pois o perfume da rosa vem do esterco que lhe jogam nas raizes. Bem opinião é como cú…

Jabor, por sua vez, não parece estar lá muito satisfeito com as novas ferramentas da internet. Em sua coluna no O Tempo Online dessa semana, ele desabafou:

Não estou no “twitter”, não sei o que é o “twitter”, jamais entrarei nesse terreno baldio e, incrivelmente, tenho 26 mil “seguidores” no “twitter”. Quem me pôs lá? Quem foi o canalha que usou meu nome? Jamais saberei. Vivemos no poço escuro da web.”

Enfim, viva a liberdade de expressão. Cada um se expressa como pode ou como julga interessante e coerente. E pode ainda escolher o meio de comunicação mais apropriado para isso. Ele está nos jornais, na rádio, na televisão. Eu estou na internet, em mais um blog do WordPress. Pois bem, vou aproveitar do meu espaço aqui no Onbuddiesman para escrever uma carta aberta ao nosso querido, aclamado, plagiado e revoltado Jabor:

Prezado Arnaldo,

Sinceramente, entendo sua dor. Ainda que tentem, dando às palavras dos outros o status de suas, não se igualarão a você, nem em falta, nem em excesso. Assim como dificilmente se igualariam a mim, ou ao João, ou a Maria. Ainda assim, penso que, na próxima semana, você deveria escrever um agradecimento ao criador do seu falso Twitter. Ainda que ele não consiga esbanjar um incomparável poder de síntese que imagino que você tenha, o pobre coitado só pode atribuir a você 140 caracteres de cada vez.

Para entender, entre no blog do Maroni e imagine se ele dedicasse a você um blog inteiro, com aquele tipo de discurso.  Seu último post somaria, quem sabe,  13.533 caracteres e mais de 108 comentários!

Você diz que na internet seu perfil (leia quem se passa por você na internet) é machista, gay, idiota, corno e fascista. Poderia ser pior… Volte ao blog do Maroni e se esforce para ler alguns parágrafos. Tenho certeza que você vai passar a ver as mensagens curtas do Twitter com outros (bons) olhos e quem sabe até ser mais tolerante com os cacófanos dos outros.

A maravilhosa reserva de caça de gatos e tigresas

28/10/2009

beautifulPeopleAssim caminha a humanidade nas mídias sociais:

Depois de buscar reconhecimento pela popularidade (Orkut e Facebook), pela rede de contatos profissionais (LinkedIn), por quem você segue –  e QUANTOS te seguem (Twitter) –  e por interesses emocionais/sexuais (Par Perfeito, Disponível, etc), a novidade da vez que está tirando o sono de muita gente é ser reconhecido pela beleza e, a partir disso, conseguir entrar no BeautifulPeople, a comunidade virtual que, por essência, só aceita pessoas bonitas em seu sistema.

Mas como funciona o site que desde segunda-feira está disponível também para brasileiros?

“A triagem acontece logo que o aspirante a membro do seleto grupo entra no site e faz seu cadastro, aberto para qualquer internauta. O serviço exige nome, e-mail, data de nascimento, sexo, país e, claro, foto. A partir daí, quem já faz parte da rede analisa e vota se a pessoa deve ou não ser aceita. Para isso, são usadas classificações como “Definitivamente sim”, “Hum sim, OK”, “Hum não, não realmente” e “NÃO, definitivamente NÃO”. Vence a maioria e o resultado sai em 48 horas após o cadastro.  Logo depois da inscrição, dá para acompanhar em tempo real o nível de aceitação do perfil. Os homens votam nas mulheres e vice-versa.”

Rede social que exclui pessoas feias estreia no Brasil, Portal R7

A justificativa para o criador do serviço, Robert Hinze (o da esquerda na foto que ilustra este post),  é no mínimo polêmica:

“Outros sites são reservas de hipopótamos e javalis africanos. BeautifulPeople é uma maravilhosa reserva de caça de gatos e tigresas.”

Como aponta o blogueiro Júlio Neto, a grande questão é:

“Quem determinou que uma magrinha é feia? Quem disse que a gordinha é um monstrinho? Quem disse que ser branca “demais” é feio? Quem foi que definiu que o cabelo loiro é mais bonito que o preto? Quem falou como deveriam ser a forma, tamanho, firmeza e proximidade dos seios? Quem foi que especificou o tamanho, largura e densidade das sobrancelhas? Quem ousou dizer que o cabelo liso é melhor que o crespo, que critério adotou para definir isso?”

O padrão da Beleza, 20/06/2009

Para se ter idéia de como os usuários são exigentes, “apenas um aspirante a cada cinco é admitido nos Estados Unidos; no Reino Unido, a taxa é de um a cada sete e na Dinamarca, um a cada 11.” E engana-se quem pensa que beleza é tudo no universo delirante do BeautifulPeople. Como revela o diretor do site nos EUA, Greg Hodge (o da direita na foto) ao jornal Folha de São Paulo:

É muito mais difícil para os homens serem aceitos. Além da beleza, as mulheres levam também em conta a profissão e o salário dos candidatos. Percebemos também que estava acontecendo uma espécie de boicote das mulheres. Para diminuir a concorrência, elas vetavam as muito bonitas.”

A revanche dos Lambda Lambda Lambda

23/10/2009
Vale o estereótipo de nerd clássico para este post.  O perfil é fácil de identificar em qualquer colégio, escola ou faculdade e quase não mudou ao longo dos anos: Solitário – a melhor das companhias é o livro ou o computador – adoram física e matemática, emergem em livros, teorias, cálculos e fórmulas complicadíssimas, e quase sempre óculos de grau, e um jeitão todo típico de vestir.
Mas atenção, longe de mim querer ofendê-los, mesmo porque de burro não tenho nada. O mundo é deles e se alguém ainda não se tocou disso, é bom tentar roubar um daqueles óculos – de preferência o de lentes mais grossas – e ajustar o senso crítico.
Se antes os nerds tinham de esperar anos para justificar todas as zombarias que recebiam no colégio, quando enfim se formavam e se tornavam líderes por sua inteligência indescutivelmente mais bem trabalhada, hoje a história é um pouco diferente: com a acenção das novas tecnologias,  qualquer hora é o momento exato para uma programação de computador virar um negócio de bilhões de dólares.
Foi assim com o Windows, com a Apple, com o Google, Facebook, Twitter e tudo mais que você lembre que envolva tecnologia, informática, web e, trazendo para o escopo do OBM, nossas queridas e vitais mídias sociais. E não adianta a Apple vir acusando a Microsoft de ser nerd. O mundo é.
Hoje em dia acabou a velha história de humilhação dos nerds nas escolas e colégios. Um exemplo: O bonzão da turma, bonitão e bom de bola, chega com uma das piadinhas antigas. Prazo de validade vencido. Um sorriso sarcástico no outro rosto, porque a realidade é simples: por probabilidade, a chance de se dar bem na vida no segundo seguinte é muito maior do nerd – que pode virar um bom programador -, do que no fodão, que dificilmente conseguirá ser um jogador de futebol, por exemplo.E no fim das contas, não precisa ser nenhum gênio para saber quem ficará com o milhão e – consequentemente – com as mulheres, poder, …
É a revanche dos nerds. Mais, é o ORGULHO em ser nerd! O vencedor do prêmio de melhor blog do Video Music Brasil (VMB) desse ano foi o blog Jovem Nerd.
E onde entram os outros? Tentando comer pela beirada! Não tem talento para inventar um Twitter, Blog, Orkut, Facebook? Utilize então de toda influência que você, fodão, tem e ganhe dinheiro com isso. Na reportagem da coluna Conecte que o Jornal da Globo exibiu ontem, por exemplo, a tuitera @twitess é descrita como “formadora de opinião”. Aos 22 anos, a garota, “diz ser uma caçadora de tendências. Ficou famosa postando novidades no Twitter. Hoje, cobra R$ 500 por mensagem comercial e dá consultoria para quem quer promover produtos pela internet.”
Está aí a diferença entre um nerd e uma pessoa “comum”. Nerds são calados, reservados e, por isso, quase nunca falam mais do que devem. Gostaria de saber se os seguidores da formadora de opinião – e personagem da reportagem – gostaram de saber que o que andam lendo por lá é material vendido. Cada um tem um preço e se vende como pode. Twitess vale R$ 500 por mensagem. Qual é mesmo o preço do Bill Gates?
“Alguns blogueiros recebem para escrever mensagens positivas sobre determinado produto, uma propaganda disfarçada. Nos Estados Unidos, a Comissão de Comércio proibiu a prática. A partir de 1º de dezembro, quem fizer isso será multado em US$ 11 mil, quase R$ 20 mil.”

nerd

Vale o estereótipo de nerd clássico para este post.  O perfil é fácil de identificar em qualquer colégio, escola ou faculdade e quase não mudou ao longo dos anos:  solitário – a melhor das companhias é o livro ou o computador – adora física e matemática, emerge de teorias, cálculos e fórmulas complicadíssimas, e quase sempre óculos de grau, e um jeitão todo típico de vestir.

Mas atenção, longe de mim querer ofendê-los, mesmo porque de burro não tenho nada. O mundo é deles e se alguém ainda não se tocou disso, é bom tentar roubar um daqueles óculos – de preferência os de lentes mais grossas – e ajustar o senso crítico.

Se antes os nerds tinham de esperar anos para justificar todas as zombarias que recebiam no colégio, quando enfim se formavam e se tornavam líderes por sua inteligência indescutivelmente mais bem trabalhada, hoje a história é um pouco diferente: com a ascensão das novas tecnologias,  qualquer hora é o momento exato para uma programação de computador virar um negócio de bilhões de dólares.

Foi assim com o Windows, Apple, Google e tudo mais que você lembre que envolva tecnologia, informática, web e, trazendo para o escopo do OBM, nossas queridas e já vitais mídias sociais. E não adianta a Apple acusar a Microsoft de ser nerd. O mundo é.

Hoje em dia acabou a velha história de humilhação dos nerds nas escolas e colégios. Um exemplo: o bonzão da turma, bonitão e bom de bola, chega com uma das piadinhas antigas. Prazo de validade vencido. Um sorriso sarcástico no outro rosto, porque a realidade é simples: por probabilidade, a chance de se dar bem na vida, e no minuto seguinte, é muito maior para o nerd – que pode virar um bom programador -, do que para o fodão, que dificilmente conseguirá ser um jogador de futebol profissional, por exemplo. E no fim das contas, não precisa ser nenhum gênio para saber quem ficará com o milhão e – consequentemente – com as mulheres, poder, …

É a revanche dos nerds. Mais, é o ORGULHO em ser nerd! O vencedor do prêmio de melhor blog do Video Music Brasil (VMB) desse ano foi o blog Jovem Nerd.

E onde entram os outros? Tentando comer pela beirada! Não tem talento para inventar um Twitter, Blog, Orkut, Facebook? Utilize então de toda influência que você fodão tem, e ganhe dinheiro com isso. Na reportagem da coluna Conecte que o Jornal da Globo exibiu ontem, por exemplo,  Tessália Serighelli, a @twittess, é descrita como “formadora de opinião”. Aos 22 anos, a garota

“diz ser uma caçadora de tendências. Ficou famosa postando novidades no Twitter. Hoje, cobra R$ 500 por mensagem comercial e dá consultoria para quem quer promover produtos pela internet.”

Conecte, Jornal da Globo, 22/10

Está aí a diferença entre um nerd e uma pessoa “comum”. Nerds são calados, reservados e, por isso, quase nunca falam mais do que devem. Gostaria de saber se os seguidores da formadora de opinião – e personagem da reportagem – gostaram de saber que o que andam lendo por lá é material vendido.

“Alguns blogueiros recebem para escrever mensagens positivas sobre determinado produto, uma propaganda disfarçada. Nos Estados Unidos, a Comissão de Comércio proibiu a prática. A partir de 1º de dezembro, quem fizer isso será multado em US$ 11 mil, quase R$ 20 mil.”

Conecte, Jornal da Globo, 22/10

Cada um tem um preço e se vende como pode. Twittess vale R$ 500 por mensagem. Qual é mesmo o preço do Bill Gates?

O universo de uma #MegaWave

20/10/2009

Wave01

“O Google intitulou ‘uma ferramenta online de comunicação em tempo real e colaboração’”

Nomadismo Celular

Como a maioria de nós, eu ainda não entendi muito bem essa “onda”, então resolvi pegar carona numa Tsunami e entrei de cabeça na #MegaWave experimental  criada pelo Denys Sene e pelo Emerson Rocco Bernardino no Google Wave.

Foi uma brincadeira em que cada um adicionava todos os seus contatos e estes, por sua vez, os seus. O intuito era apenas testar os limites do Google Wave. Começou despretensiosamente, com o simples objetivo de gerar uma Wave gigante. Do teste, retirei algumas impressões, que compartilho com vocês, leitores do OBM.

O GoogleWave é certamente uma ferramenta voltada para o trabalho colaborativo. Não uma rede social, embora funcione também em mecanismo de chat. É bem diferente do Twitter ou do Facebook, voltados para o relacionamento entre os usuários. Embora também admita algumas brincadeiras.

Difere também do e-mail. Na Wave, cada um se manifesta e incorpora suas idéias com a intenção precípua de desenvolver um projeto. E este pode inclusive deixar de depender dos seus criadores. O programa avisa o momento em que cada um entrou na Wave e informa as mensagens que ainda não foram lidas, inclusive as retroativas.

É possível conversar com várias pessoas ao mesmo tempo e ter acesso às conversas de outras pessoas na mesma Wave, tornando dispensável informar a cada um, pessoalmente, sobre as decisões tomadas. O desenvolvimento total do trabalho pode ser acompanhado em tempo real.

No caso de textos que precisam de correções, modificações, ou alterações, isso pode ser feito sem as longas discussões por e-mail. Caso os usuários discordem, podem abrir um novo blit para acertar as mudanças antes de serem feitas.

O difícil é errar, ou se arrepender, pois tudo que escreve na wavelet (primeira mensagem da Wave) e nos blips (próximas mensagens que a sucedem) são vistos instantaneamente pelos colaboradores, no exato momento em que se está escrevendo, letra por letra.

Tive o sentimento de que se a onda realmente estourar, os direitos autorais acabarão se transformando em direitos corporativos em alguns casos.

Meu computador travou várias vezes durante o uso. Falta aprender a usar uma série de recursos. Além disso, a maioria dos bots e códigos não estão 100% funcionais. Ainda está em fase alpha, mas as perspectivas são fantásticas!

O mais interessante é que se trata de um canal aberto, onde cada empresa ou grupo que pretenda trabalhar em conjunto pode criar seu próprio universo colaborativo.

Cada Wave é viva! Uma verdadeira suruba de idéias!

E não é que dizem por aí que o universo funciona em ondas? Assistam… É longo, mas é legal!